
Este princípio hermético é
necessário para que nós compreendamos como funcionam nossos órgãos dos sentidos.
Através deles nós experimentamos sensações que nos transmitem uma realidade que
é somente nossa e que na realidade não existe, pelo menos não da maneira que
nós a sentimos. A sensação é uma experiência subjetiva.
Neste artigo falaremos de nossas
orelhas, ou seja de nosso sentido de audição.
Lembremos, antes de mais nada,
algumas expressões utilizadas sobre esses órgãos: manter os ouvidos bem
atentos, escutar alguém ou alguma coisa, prestar atenção em alguém ou em alguma
coisa, etc. Todas estas expressões nos mostram que existe, de nossa parte, uma
atitude de ‘escutar’, ou mesmo de ‘ouvir’, que é passiva, e obediente. O som
acontece e nós o escutamos. Ao lembramos o que falávamos em relação aos olhos,
aqui também temos uma percepção subjetiva, inteiramente única, e que depende
inteiramente de nós mesmos. De fato, se não queremos escutar, podemos sempre
‘fechar os ouvidos’, ou mesmo ‘nos fazer de surdos’, não é? Portanto, o ato de
escutar implica de nossa parte num ato de obediência e de submissão. No entanto
há sempre uma vontade implícita no ato de escutar, já que escutamos de forma
‘seletiva’. Escutamos o que queremos escutar.
Os planetas envolvidos com os
nossos ouvidos são o Sol, em mau aspecto com o planeta Saturno ou mesmo com os
planetas: Mercúrio, Marte e Urano, Netuno. O Planeta Saturno provoca, ao longo
da vida, uma surdez progressiva (como àquela de Beethoven), pelo endurecimento
dos ossículos do ouvido médio e mesmo da membrana do tímpano. É uma doença
característica da velhice (que é simbolizada, em astrologia, por Saturno) cujas
doenças são crônicas.