OXUM




SAUDAÇÃO: Ora Yeyê ô! – “mãe da bondade”

COR: amarelo, amarelo ouro

ADORNO: Abebé (leque), iba (corrente de peças simbólicas), ada (alfanje)

DIA DA SEMANA: Sábado

DOMÍNIO: águas doces, fontes e cachoeiras.

AXÉ: maternidade, fecundidade, deusa da riqueza, do amor

KIZILA: igbin (caramujo), pata, tangerina, pombo

OFERENDAS: Omolokun (feijão fradinho e ovos cozidos), camarão, inhame, akasá, xinxim

SACRIFÍCIO: cabra, bode castrado (Opará), galinha, galinha d’angola, pombo silvestre

INTRODUÇÃO
Dona das águas. Na África, mora no rio Oxum. Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém-nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe mantém suas características de adolescente. Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer. Coquete e vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia da mulher-menina. É sensual e exibicionista, consciente de sua rara beleza, e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos. Quando Orunmilá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, ate que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada o orixá da fertilidade e da maternidade. Por sua beleza, Oxum também é tida como a deusa da vaidade, sendo vista como um orixá jovem e bonito, mirando-se em seus espelhos e abanando-se com seu leque (abebé).

ARQUÉTIPOS
São pessoas graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. São símbolos do charme e da beleza. Voluptuosos e sensuais. Sob a aparência graciosa e sedutora, esconde uma vontade muito forte e um grande desejo de ascensão social.

LENDAS
Segunda esposa de Xangô, considerada a mais bela de todas, teria sido presa pelo marido ciumento na torre do castelo que habitavam. Passando por ali, Exu ouviu o choro de Oxum e quis saber qual a razão de sua tristeza. Após ouvir a história, pediu a Orunmilá que intercedesse por ela. Este assim o fez, espalhando sobre a bela Oxum um pó mágico que a transformou em pomba, possibilitando a fuga. Por isso, nos cultos a Oxum, a pomba é considerada um animal sagrado.

QUALIDADES
Abalu (a mais velha de todas) - Abalô (carrega Ogum, é uma Iansã), Jumu ou Ijimu (a mãe de todas, estreita ligação com as Ìyámi), Aboto ou Oxogbo (feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos), Apara (a mais jovem e guerreira), Ajagura (guerreira), Yeye Oga (velha e enquizilada), Yeye Petu, Yeye Kare (guerreira), Yeye Oke (guerreira), Yeye Onira (guerreira), Yeye Oloko (vive nas florestas), Yeye ponda (esposa de Oxossi Erinlé, mãe de Logun, guerreira e porta um leque), Yeye Merin ou Iberin (feminina e coquete), Yeye Àyálá ou Ìyánlá (a avó, que foi mulher de Ogum), Yeye Lokun ou Pòpòlókun (que não desce sobre a cabeça de suas filhas), Yeye Odo (dos perdões).

ERVAS LITÚRGICAS
Teté - Bredo sem espinhos -- Orim-rim - Alfavaquinha -- Odun-dun - Folha da costa -- Efim - Malva branca -- Omim - Beldroega -- Já - Capeba -- Ìróko - Folha de loko -- Pepe - Malmequer branco -- Teterégún - Canela de macaco -- Monan - Parietária -- Jamin - Cajá -- Tolu-tolu - Papinho de peru -- Aferé - Mutamba -- Eim-dum-dum - Folha da fortuna -- Obô - Rama de leite -- Omin-ojú - Golfo branco -- Ilerin - Folha de vintém.